sexta-feira, 17 de abril de 2009

Centrais dizem não à retirada de direitos

Centrais dizem não 
à retirada de direitos

Com o pretexto de aliviar a carga tributária que pesa sobre as empresas, o governo federal acaba de apresentar propostas para reduzir o recolhimento das contribuições patronais e dos trabalhadores. Basicamente, a idéia era promover um corte no recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e da Previdência Social.

Em troca, acenava com a possibilidade de manutenção do nível de emprego com reduções nas jornadas de trabalho sem corte nos salários. Mas a iniciativa não convenceu os trabalhadores. A reação das centrais sindicais foi rápida e dura, rechaçando as pretensões do Planalto. O presidente Lula então recuou e prometeu não levar as propostas adiante.

Direito não se negocia

O secretário geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, foi claro ao afirmar que nenhuma central sindical aceita negociar direitos trabalhistas. Ele lembrou que ataques aos direitos dos trabalhadores ocorrem com muita freqüência nos momentos de crise econômica quando as organizações de classe estão frágeis em razão do desemprego.

“É quando cai o índice de sindicalização e da participação dos trabalhadores nas atividades sindicais”, resume Juruna. Com a volta do crescimento econômico e das contratações, os empregados retomam a luta.

Centrais não discutem
“Nenhuma central sindical aceita discutir a redução ou a retirada de direitos trabalhistas”, avisa o presidente da Central-AL, Albegemar Costa, o Gima. “Aceitar redução de direitos trabalhistas é trair os trabalhadores”, indigna-se José Antônio de Souza, presidente da Força-RN. 

“Quando há um aprofundamento da recessão com demissões em massa, infelizmente aparecem estas propostas de regressão do trabalho”, completa o presidente do Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo, Terezinho Martins da Rocha.

Para o presidente da Central –RS, Cláudio Guimarães da Silva, o Janta, a Força Sindical tem de mostrar aos trabalhadores que eles não estão sozinhos nesta batalha. “Nossa central e os sindicatos filiados já estão cobrando dos governantes a redução drástica dos juros e dos impostos, a estabilidade e a criação de postos de trabalho”, revela. 

Mobilizar para resistir
Já o presidente da Força Sindical-PR, Sérgio Butka, destacou que a melhor tática para defender os direitos sociais é a mobilização. “Mobilizados, dissemos não à tentativa de alguns empresários oportunistas de reduzir salários com desculpa da crise”, conta.

Da reunião entre o presidente Lula e as centrais sindicais saiu a proposta de criação de um grupo anticrise para monitorar os setores da economia que estão passando pro dificuldades.

Setor de alimentação
O primeiro segmento escolhido para ser analisado é o da alimentação que passa por uma grave crise. A Força Sindical reconhece que a indústria da alimentação vai mal por causa da falta de capital de giro e de crédito.

Por isso, a Central e reafirma a necessidade de o governo liberar rapidamente recursos financeiros para as micros, pequenas e médias empresas que estão descapitalizadas. “Também é preciso baixar juros e reduzir o spread bancário”, acrescenta a presidente da Central-AP, Maria de Fátima Coelho.

 

                                                                                                           FONTE: FORÇA SINDICAL 

                                                                                                           http://www.fsindical.org.br 

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